quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Enjoados, ressabiados, whatever!

Hoje partilho aqui uma coisa que me provoca sempre alguma estranheza e até vontade de fazer comentários, logo eu que sou tão preguiçosa para escrever comentários.
Vejo constantemente pessoas (99% do sexo feminino) a escreverem em blogs e sobretudo no facebook aquilo que eu chamo de posts do ressabio. O que é isso? Seguramente que já todos leram qualquer coisa do género: Podes fazer xyz mas o que vem de baixo não atinge, o sentido é mais ou menos este mas há muitas variantes. Uma vez ou outra uma pessoa poderá estar um pouco mais indignada e descarrega, é normal e acontece. No entanto há malta que está constantemente nisto, neste registo ressabiado como se estivessem sempre mal com a vida e grande parte do mundo inveja-os e só lhes deseja tudo o que há de pior. Leio esse tipo de coisas e penso: uiii que miúda tão ressabiada credo! Tenho para mim que não serei a única.
Há pessoas muito negativas, que estão sempre mal com tudo, que nunca simpatizam com ninguém, com uma "má onda" tão grande que em mim inspiram logo o desejo de as confrontar com isso. E esse é até o meu calcanhar de Aquiles, eu nunca penso na minha profissão em situações extra trabalho (aquela ideia de que nós Psicólogos estamos sempre em modo interpretativo é mito, na nossa vida pessoal a malta pura e simplesmente desliga) mas este tipo de pessoa faz-me soar todos os alarmes e a minha vontade é entrar logo em modo Psicóloga. Controlo-me e não o faço, ninguém me pediu ajuda e eu não vou propriamente salvar o mundo. 
Porque raio há tanta gente assim??? E o que mais me intriga é que a maior parte desta malta são miúdas, sim miúdas (até aos vinte e muitos chamo miúdas a todas) que em vez de andarem aí a aproveitar a vida passam o tempo com cara de enjoo destilando ressabio constante.
Já tive uma amiga assim, sabia bem como ela era, mas para mim aquilo era mais uma missão do que amizade (só cheguei a essa conclusão mais tarde) ela sugava-me toda a energia com aquele negativismo todo, nunca nada era bom, embirrava com meio mundo, acho que nunca a vi verdadeiramente feliz ainda que coisas boas lhe acontecessem. Acabámos por nos afastar no dia em que percebi que eu não era amiga dela, eu estava era a tentar aplicar métodos terapêuticos. 
 
  

1 comentário:

Anónimo disse...

É um assunto que me sensibiliza porque lido com isso de perto desde que nasci. E isso tem consequências. Vi um livro com o título "Gente Tóxica" e infelizmente soube logo de que tipo de pessoa falavam. Será como essa de quem deste o exemplo?

Em todo o caso não sei se se pode generalizar no que respeita a este mal de gente "ressabiada" ser uma espécie de "praga" entre miúdas (sim, antes dos inta são todas miudas) porque conheço pessoal bem mais velho que é assim. E os jovens com quem lido que estão a entrar na adolescencia parecem-me totalmente alheios a esse mal. Dão apoio uns aos outros, criticam mas também recriminam as críticas infundadas e injustas, não são só "pacadinhas nas costas" porque és meu amigo. Posso estar equivocada mas julgo que vem aí uma geração menos sufocada mas também uma criada com mais facilitismos.